Índice de obesidade elevado no Brasil e doenças relacionadas é o principal motivo para o aumento
A obesidade é uma doença que, quando não tratada, pode trazer sérios danos a saúde. Nos últimos anos, o aumento desse problema no mundo fez com que especialistas se preocupassem ainda mais. A boa notícia é que a população parece se conscientizar mais a cada dia sobre o transtorno. Por esse motivo, a busca pela cirurgia bariátrica, também conhecida como redução de estômago, continua crescendo no Brasil.
De acordo com o relatório divulgado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), desde 2012 o índice de cirurgias bariátricas realizadas nacionalmente aumentou em quase 50%. Para o cirurgião endoscopista Bruno Sander, especialista em nutrologia e diretor do hospital dia Sander Medical Center, em Belo Horizonte, esse número é o reflexo da preocupação crescente com o bem-estar e saúde, mas, em contrapartida, a preocupação exagerada em seguir um padrão de beleza também pode estar relacionada.
Ele acrescenta que existem grupos de risco que devem passar pela cirurgia, mas nem todos se encaixam. “É importante passar por avaliação médica antes de qualquer procedimento. Até porque, caso seja necessário de fato passar por um procedimento cirúrgico, temos algumas opções menos invasivas dependendo de cada caso”, destacou Sander.
Segundo o especialista, são necessários pré-requisitos para passar pela cirurgia bariátrica. “Seguimos um protocolo internacional para saber quem realmente deve realizar o procedimento. Basicamente, pessoas com o IMC (Índice de Massa Corpórea) acima de 40, ou entre 35 e 40 para quem possui alguma doença relacionada, são os indivíduos indicados para passar pela redução de estômago”.
Alternativas
O nutrólogo explica que, infelizmente, a cirurgia bariátrica ainda é um procedimento invasivo que envolve diversas medidas pré e pós-operatórias que podem causar incômodo ao paciente. Porém, ele ressalta que, apesar dos efeitos colaterais, quando necessário, o paciente deve passar pela cirurgia, pois será um procedimento extremamente benéfico para a saúde em longo prazo.
Porém, a avaliação especializada é extremamente importante para, além de manter a saúde, encontrar alternativas que possam ser menos invasivas. “A redução de estômago por endoscopia ou a colocação do balão intragástrico são excelentes opções, por exemplo. É possível obter resultados mais rápidos e o paciente volta a realizar atividades normais em pouco tempo”, garantiu o cirurgião endoscopista.
Fonte: Bruno Sander, médico cirurgião endoscopista, especialista em gastroenterologia e nutrologia. É diretor clínico do Hospital Dia Sander Medical Center, em Belo Horizonte (www.sandermedicalcenter.com.br).
atualizado em 22/04/2019 - 12:30