Estresse pode alavancar ingestão de alimentos doces e risco de doenças crônicas, além de outros males em longo prazo
O isolamento social tem causado muito estresse na maior parte da população. Como forma de aliviar esse sentimento, muito gente desconta na alimentação que se torna recheada de produtos prejudiciais à saúde, principalmente com alto teor de açúcar. Além dos problemas imediatos que esse hábito pode causar – como influência no sono, por exemplo – o risco do surgimento de diversas doenças relacionadas são as principais preocupações dos especialistas.
O nutrólogo Adriano Faustino, explica que o principal problema do açúcar está na capacidade de viciar o indivíduo e, quando consumido em excesso, ser responsável por inúmeros problemas. “O açúcar possui elementos químicos que alteram alguns neurotransmissores como a serotonina e a dopamina – relacionadas a sensação de prazer e bem-estar no cérebro. Quando consumido em grande quantidade, a pessoa começa a desenvolver o vício e, em muitos casos, não percebe. Por isso, o recomendado é sempre ingerir esse componente de forma equilibrada”, indica.
Entre os diversos males que o excesso da substância pode trazer ao organismo, Adriano destaca as doenças crônicas mais comuns: a diabetes e obesidade. “São duas doenças muito preocupantes que podem ser uma porta de entrada para outros problemas de saúde também. E, nesse caso, o melhor remédio é sempre a prevenção”, destaca.
Como evitar o excesso?
Adriano reconhece que o período atual pode ser muito difícil para manter o controle. “O estresse, a ansiedade e os diversos conflitos emocionais são um gatilho muito grande para o consumo em excesso. Como já citado, o açúcar pode mexer com neurotransmissores e trazer a falsa sensação de alívio”, diz.
Por isso, se torna tão prazeroso ingerir quantidades cada vez maiores de produtos do gênero. “Então, o ideal é evitar de todas as formas esse exagero. Ao sentir vontade de ingerir, coma em pequenas quantidades e sempre opte primeiro por opções mais saudáveis como frutas que possuem açúcar, mas em um nível saudável e natural”, recomenda.
Fonte: Adriano Faustino, nutrólogo. Formado pela UFMG em medicina há 15 anos. Especialista em medicina preventiva, integrativa e da longevidade, com foco na nutrição